quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Setembro...


Há muito perdida tentando me encontrar...

Perdida e assumida, decretei que iria me encontrar, não porque seja feio estar perdida ou porque não pega bem. Não, não, nada disso. Seguidora de Clarice Lispector também concordo que "perder-se é o caminho", mas optei por me achar, neste setembro.

De repente, mais além, quem sabe, ali perdida novamente, entre uma esquina e outra de mim, encontrei-me parada no mesmo local onde lembro ter me visto da última vez: me revisitei a primeira vista. Olhei-me profundamente e consegui me assistir ainda de que de longe por gestos pacíficos e certeiros: era Eu. Mas continuei caminhando em minha direção: tive certeza quando cheguei um pouco mais perto e vi aquele sinal de nascença. Era sim, tive certeza.

Senti uma saudade tipica, um saudosimo natural, um encontrar-se com o fio da meada perdida e achada neste agora.

Repleta de expectativas, de novos interesses, vim colher-me já quase em flor...(ainda tenho muitos botões fechados que abrem-se no decorrer do setembro)

Uma euforia tipica dos que começaram agora. Incrivelmente disposta para os velhos e renovados passos, redescobrindo-se no mesmo caminho.

Novos passos em velhos caminhos?

O olhar é novo e isso muda toda paisagem do caminho.

Mudando os passos que iam sob folhas secas, hoje começam a pisar o chão, a sentir o chão bem embaixo dos pés. Vívidos e cheios de caminhos coloridos, com passagens secretas em corredores de flores recem brotadas e cheias de forças para recomeçar.

Recomeço a brotar.

Des-recolho-me, des-intoco-me, desinteresso-me pelo desinteressantíssimo e vou em busca do novo colorido que vem por ai.

Bem vindo Setembro.


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