quarta-feira, 25 de março de 2009

Liberdade Liberta: ...Começo e fim...Fim e começo...



A vida me deu de presente uma caixa e eu resolvi abrir e ser absolutamente e integralmente feliz...Enquanto abria a caixa...Quando a ganhei no dia 02/05/1979, eu fui abrindo aos poucos, às vezes puxava o laçarote com força outras vezes puxava de qualquer jeito...Via os 'grandões' às vezes fazerem assim..Era um eterno observatório...Ai fui crescendo e a caixa lá...Aberta saindo um monte de coisas boas...
E outras nem tão boas assim...
Mas de uns tempos para cá, de algumas luas seguras, percebi que o que faltou foi perceber que eu abri a caixa, tive força...Ufa! Mas...Esqueci de tirar o laçarote e guardar...Ou dá-lo um fim...Deixei-o ali relapsamente...Ai tropecei várias vezes no laçarote da caixa de presente que ganhei...
Mas...
Descobri enfim...
Hoje o laçarote adormece na gaveta que encontra-se no lado esquerdo do meu corpo...No centro do peito...
Até que um dia que eu não sei...E nem quero saber...Essa fita será retomada e a caixa será fechada...Como um dia foi aberta...Como um casulo...
Isso será...
Do princípio ao meu fim...E da minha caixa...
E foi assim a minha existência...Quando a caixa se fechar...E a fita 'desadormecer' e assim concluída a missão de que o laçarote já sabe sair da gaveta sozinho...Ainda que metaforicamente seja feita toda minha vida...

Do princípio ao fim


Fim...


P.S. conversa com o ator e diretor ex integrante do grupo Tholl de Pelotas, Rodrigo Mendes...em uma conversa desprovida e saudosa...

Saudações e um beijo,

Karine Capiotti.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Liberdade Liberta: Cadeira de Filosofia

Ao som de Maria Bethânia e Chico Buarque no disco gravado em 1975, comecei a fazer um trabalho para enviar a um colega.
O nome do trabalho é ‘Relato de vivência’ e foi para uma cadeira de filosofia...e foi assim:

Aproximadamente aos 5 anos eu percebi que enxergava coisas que os demais não enxergavam...Comecei a me dar conta de que alguém me fazia companhia....
No início pensava que não era...que eram coisas da minha cabeça. Resolvi contar a minha mãe sobre a existência dessa ‘outra’...que afinal de contas começou a morar lá em casa...a dividir minhas coisas...
Mas antes de contar a minha mãe, resolvi perguntar a “pessoa” – quem afinal era ela que afinal só eu via? – Ela com uma aparência ‘física’ bem mais velha, e qualquer outra parecia mais velha diante dos meus recentes 5 anos...
Ela respondeu: Meu nome é Juderaine.

Desde esse dia nunca mais fiquei desacompanhada, ou melhor, lá pelos 9, 10 anos ela foi embora...Simplesmente acordei e já não morava mais ali...
Quando contei a minha mãe ela logo lembrou-se que crianças são mais sensitivas, mais sensíveis...mais aptas a enxergar além...enxergar o simples...não tinha sido corrompida (e não fui até hoje, por isso escolhi Filosofia)...
Minha mãe atendia meus pedidos de mais um prato na mesa com a condição de que a comida fosse crua...
Juderaine aceitou...aceitamos...Ela não bebia nada durante as refeições, mas o copo dela estava ali...
Dos 5 até os 9, 10 anos...e de repente não mais que de repente como diz Vinicius, Juderaine se foi de mim.
E foi assim...(outra música do mesmo cd...)
Um relato que virou matéria; matéria para a coluna exposta, mas para minha matéria sempre existiu...
E uma homenagem à minha mãe que é tão maravilhosa desde sempre...As vezes eu esqueço de ligar no dia das mães, porque realmente qualquer dia é dia, todos os dias são dias né.
A data, segundo domingo de maio...é muito comercial para mim...rsrsrsrs...Mas ai isso também já é outra história...


Saudações e um beijo,

Karine Capiotti.


P.S: Primeira vez que a coluna que foi criada para ser escrita as quartas, foi ao 'ar' em uma sexta-feira. Depois e sempre continou sendo as quartas, mas por forças maiores sempre chegava as quintas...E hoje, excepcionalmente hoje, quarta-feira, ela estará na quarta-feira...que assim seja!

Outro beijo!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Parabéns Porto Alegre!

Em comemoração aos 237 anos de Porto Alegre a Secretaria Municipal da Cultura está organizando mais uma edição do projeto 24 Horas de Cultura. Serão muitas atrações acontecendo paralelamente em vários pontos da cidade, destaques para:

21 de março - Sábado
USINA DO GASÔMETRO - 17h
Charles Master
Tonho Crocco

PRAÇA DA ALFÂNDEGA - 17h
Beth Krieger e Luizinho Santos
Nelson Coelho de Castro & Mônica Tomasi
Vitor Ramil

PARCÃO - 17h
The Hard Working Band



22 de março - Domingo

PARQUE DA REDENÇÃO – 10h
Banda Municipal (concerto especial com os intérpretes)
Frank Solari
Felipe Azevedo
Ângelo Primon
Plauto Cruz

Programação do Aniversário do Brique - das 12h às 16h
Natassia Padikau
So Creedence
Crocodilo Junkie
Meu Amigo Elvis
The Trevellers
Barba Ruiva e os Corsários
Bebeto Alves - 17h
Paralelamente Tablado com Danças Gaúchas

PRAÇA DA ENCOL - 17h
Nei Van Sória

ANFITEATRO POR DO SOL (COM CREDICARD HALL) – 17h
Tenente Cascavel
Nando Reis (convidada Ana Cañas)


E a programação encerra na semana seguinte com o tradicional Baile da Cidade:

28 de março - Sábado
Parque da Redenção
21hs - Banda Municipal e Grupo de Dança Cadica Borghetti
22hs - Companhia Show 4
01h - Kako Xavier, Rafael Brasil, Andrea Cavalheiro, Rosa Franco e banda





quinta-feira, 12 de março de 2009

Liberdade Liberta: Curiosas Curiosidades...


Voltei perplexa do cinema! Como dizia e ainda diz Vinicius de Moraes em seus inesquecíveis poemas: ‘de repente não mais que de repente’...estava lá, Eu sentada na sala de cinema a espera do tão falado: “O curioso caso de Benjamin Button. “.
3 horas imperceptíveis diante de uma fotografia brilhante, de uma equipe de maquiadores dignos do poder hollywoodiano. Estranho se dar conta daquilo...Alguém que nasce com a aparência de velho e ao longo da vida vai tornando-se jovem...
Filosófico, bem articulado...Um filme para quem está mesmo decidido a pensar na vida e nos valores.
Será que se Chaplin - O genial - estivesse vivo hoje ele colocaria por terra a sua teoria de que deveríamos nascer velhos...assim como ‘quase’ o caso de Benjamin...?...
Tudo é mostrado e percebido de forma natural no filme...os botões...desde o ínicio...ainda antes do filme começar...Fantástico as percepções que nos conduzem...
Um filme motivador na verdade...Saí de lá ( e isso me move, aliás) com vontade de prestar ainda mais atenção em tudo...nos mínimos detalhes...Reparar que algumas pessoas nasceram para isso, outras para aquilo...aceitar realmente...
A grande sacada do filme e da vida é essa...é aceitarmos o infinito como todo e pronto...
“A gente nunca sabe o que nos espera”, diz a mãe de Benjamin Button...
A idéia foi gentil, tanto do filme quanto de sair para ir ao cinema...’Quase’ que não estava mais em cartaz e...
Ia perder a possibilidade de aprender com pequenas sutilezas que tocam a alma, a vida e nosso todo.
É além...muito além essas percepções...e elas acontecem o tempo todo, a toda hora...Uma eterna descoberta...a cada lugar que se entra diariamente e ainda que muitas vezes no mesmo...nada daquilo é igual...Ou esta mais velho, ou mais novo...ou...ou...ou...Tudo isso depende de como olhamos a vida...de que ângulo escolhemos perceber...?
Bom mesmo é estar aberto ao implícito perceptivo da alma.

Saudações e um beijo,

Karine Capiotti.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Destaque

Dificilmente encontro uma música muito longa que me agrada, ou o refrão é repetido, e repetido, e repetido...ou a música inteira passa pelo mesmo processo.
Jay Vaquer foi um dos que pra mim mais prendeu ao contar uma história dentro de uma melodia, por mais de 5 minutos e me fazer apertar o repeat (mais de uma vez).
Estou falado de "Estrela de Um Céu Nublado", música que também é um conto, um história, uma lenda, relato de acontecimentos comuns à muitas pessoas ou até mesmo um filme, eu assistiria! Infelizmente essa música ainda não tem um clip, mas em breve será lançado o primeiro DVD do Jay Vaquer.

Então, com lincença Jay, mas vou apresentar esse teu conto aqui:

ESTRELA DE UM CÉU NUBLADO

Decidiu que precisava ser alguém no mundo e não mais um na multidão
Resolveu investir fundo nas aulas de interpretação
Foi morar no Rio de Janeiro, tiro certeiro pra tentar a sorte em Projacland
Alugou um conjugado no catete
Arrumou uma vaga de barman num bar descolado pra cacete

Atores, modeletes, formadores de opinião
Wannabes de plantão
Foi lá no balcão, que um assistente de direção da novela das 6
Lhe prometeu uma figuração talvez
Aí ele se animou, se empolgou, nem dormia mais.
Pobre rapaz
Logo descobriu que o sujeito não era quem dizia ser
Mas na verdade um ator desempregado, frustrado que tinha um blog pouco freqüentado
E se sentia só e mal acompanhado

Nasceu pra ser uma estrela, era tudo que ele mais queria
Mas o céu tava sempre nublado
Estrela que ninguém via e quando o dia amanhecia
Seu tempo já tinha passado

Conheceu Dora enquanto trabalhava no bar, servindo bebidas, ela soltando fumaça no ar
Perua desquitada que vivia da pensão do ex-marido, empresário falido que sofria de Síndrome de Down Jones
E não é que a madame realmente tinha bons contatos em Projacland, isso foi levado em consideração
Encarar a "vovó" podia ser a solução
Resolveu segurar o rojão
Investiu naquela estranha relação
Na tentação de ser famoso

Nasceu pra ser uma estrela, era tudo que ele mais queria
Mas o céu tava sempre nublado
Estrela que ninguém via e quando o dia amanhecia
Seu tempo já tinha passado

Dora resolveu que iria ajudar o garotão
Mais um que queria ser artista de televisão
Ok então!
Numa tarde no salão, enquanto jogava sudoku e depilava a virilha
Ligou do celular da filha
Para um amigo diretor picudo e lhe solicitou:"Receba o garoto. Quando é quem tem teste?"
"Enfia ele num teste!"
O picudo respondeu: "Agora não tem teste, mas uma festa com show do Jota Quest"
"Leva seu bonitinho, Dora! Confio no seu faro, conheço o rapaz lá na hora e se eu for com a cara dele, enfio num teste, eu enfio...enfio...é claro!"

Nasceu pra ser uma estrela, era tudo que ele mais queria
Mas o céu tava sempre nublado
Estrela que ninguém via e quando o dia amanhecia
Seu tempo já tinha passado

Na festa badalada, foi cantado pelo poderoso diretor
Que lhe ofereceu trabalho e amor
Lhe deu dicas de comportamento e recomendou:
"Saia logo do armário".
Ele respondeu que não estava em nenhum armário, muito pelo contrário!!
Não tinha nada contra gays, só não era um
O coitado perdeu a vez
Depois de tal afirmação, foi excluído, rejeitado, difamado

Nasceu pra ser uma estrela, era tudo que ele mais queria
Mas o céu tava sempre nublado
Estrela que ninguém via e quando o dia amanhecia
Seu tempo já tinha passado

Passou a beber até cair, sacou que não teria uma chance.
Seu desejo distante de seu alcance
Na deprê engordou mais de 20kg em um ano
Seu maior erro foi nunca perceber o engano
Jogou a toalha na vida
Entregou os pontos e aos prantos/chorando pelos cantos
Escreveu uma carta de despedida:
"Dora querida quero meu corpo cremado, para que ele seja espalhado por toda cidade cenográfica em Projacland".

Jay Vaquer

sexta-feira, 6 de março de 2009

DICA CULTURAL

LIA MENNA BARRETO

No mês de março, a artista Lia Menna Barreto abrirá o ano de exposições da Subterrânea, comemorando seus 25 anos de trabalho com bonecas.
Para realizar esta mostra, a artista precisa do maior número possível de cabeças de bonecas.
Contamos com as suas doações.

Para doar suas bonecas velhas em prol da arte, entre em contato com o Atelier Subterrânea pelo email: ateliersubterranea@gmail.com.


Sorteio da Subterrânea

Comprando rifas a R$ 5,00 você concorre, por sorteio, ao trabalho "Tira de Sapos" (4.8 m), que integra a série "Fábrica", produzida na IV Bienal do Mercosul, 2003, por Lia Menna Barreto.Os bilhetes numerados encontram-se à venda no atelier subterrânea ou pelo email ateliersubterranea@gmail.com. Também estarão disponíveis no dia da abertura da exposição, a partir das 19h, no local.http://www.subterranea.art.br/


Fonte: sandro ka

quinta-feira, 5 de março de 2009

Liberdade Liberta: O Início

Todo o novo é complicado...seja lá o que for...o novo representa o desconhecido que esta ali batendo na nossa porta...convidando-nos a embarcar nos 50%...
O Tal só torna-se obsoleto quando não tratado como novo sempre...E é claro que não falo de sapatos, roupas e afins...falo do Nosso Novo...Do momento que nos preparamos para alçar vôo...
Pertencer...
Estar inserida sem medos...ainda que com todos os medos habitando em nós e fora de nós como nossos amigos imaginários na infância (para quem os teve, eu por exemplo...)
Inovar é inclusive voltar ao velho...Paradoxal mas óbvio...
Começar qualquer coisa que dê prazer é uma volta ao novo que como canta Elis Regina: “O novo sempre vêm” e vem mesmo...Novo também é ser velho...Somos tudo ao mesmo tempo...Porque comportamos muitos dentro de nós...e isso não é dupla personalidade. É a essência do ser humano...
O melhor é investigar esse novo que chega...Aceitar...e deixar que forças divinas conduzam o novo ao eternamente Tal...
Recomeçar é uma forma de fazer um final diferente...mais legal...e muito mais atraente...


Saudações e um beijo.

Karine Capiotti.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Tudo é uma questão de...


2.9! Talvez ainda não saiba o que quero, mas me divirto!
Entrevistadora, pesquisadora, jogadora de handbal, professora infantil, muitas crianças, salas cheias delas, dúvidas...Curso de Francês (?!), Inglês, Espanhol. Sei tocar violão e andar de bicicleta, isso não se esquece, dizem.
Toquei em barzinho, tive uma banda e participei do nightbikers, não esqueci.
Muitos shows, a vida virou noturna. Festas e bares, trabalho e diversão. Muitos amigos, uns até hoje outros não mais do que a fase.
Pessoas, amores, paixões...umas boas enquanto duraram, outras que apenas me rasgaram a alma, já costurada, renovada...pra outras.
As palavras me encontraram e me meti a escrever poemas e pontos de vista.
Carnavais, daqueles que não se tem onde dormir...e pra que dormir?
Porres, muitos deles, um tanto deles são os culpados de eu não lembrar de outras histórias.
Pé na estrada e fone no ouvido sempre!
Muitas viagens, da floresta de Cambará do Sul até a Praia de Cobacabana, saindo de São Paulo pra pequena São Francisco de Paula e por aí vai, inúmeras, incontáveis viagens por incontáveis cidades.
Algumas me mudaram pra sempre e outras também.
Lapa, Copacabanda, Ipanema, a noite de SP, a paz dos canions, amanhecer no Cassino, tardes de sol no Uruguay.
Algumas longas, adorávelmente longas, que sinto o cheiro de cada detalhes, outras tão curtas que se confundem com tantas ainda mais curtas.
Shows, muitos palcos, muitos eventos, muitas bandas, luz, fumaça, cortinas, cameras...vans!
E as lembranças, histórias pra contar...
Em 2038 venho contar os próximos 2.9!